terça-feira, 10 de outubro de 2017

Festival Curta Cabo Frio, ressurge vigoroso e com a casa Scliar lotada!

Jovens do Oficena explicam para o público seu processo criativo no filme
"To Plutona" de Dandara Melo. 
Certamente Cabo Frio tem muito que se orgulhar de seu festival de cinema, foi muito bonito ver a Casa Scliar lotada, com uma excelente curadoria por parte do festival. A presença do cineasta Vinícius de Oliveira, direto de São Paulo e o encontro de gente de peso local, como o fotógrafo Marcos Homem, o cineasta Lucas Muller, o cineclubista Rodrigo Cintra e o professor e diretor de teatro Italo Luiz Moreira, do Oficena. Quietinha e sutil, como sempre, a produtora Karen Varella, verificando para se estava tudo funcionando.
Antes da sessão das 19h começar, uma fala dos realizadores e artistas envolvidos nos filmes de Cabo Frio e de Sao Paulo. Ouvir Lucas Muller, com seu novo filme, uma singela homenagem ao cineasta Gerson Tavares, foi de uma grande poesia e nostalgia, uma ode ao cinema. Em seguida, o entusiasmo de Dandara Melo, estreando dois filmes na noite: "Rubi", de Mario Sales, adaptado de um texto teatral de Nathally Amariá e "To Plutona" de Dandara Melo, uma realização da Cabo Frio TV, com uma montagem surpreendente, que, aliás, fez uma verdadeira licença poética aos filmes de ficção científica da década 50, no melhor estilo Flash Gordon!
O Ator Vinícius de Oliveira, famoso por viver o menino Josué, em "Central
 do Brasil" é também, cineasta. Veio de São Paulo ver a estréia de seu
filme "Crime de Honra - Ensaio para Intolerantes",
O entusiasmo, o prazer e a alegria de ver bom cinema, num festival que é a cara da cidade! Contra todos os indicadores de crise, o Curta Cabo Frio, resolveu abrir as portas, mesmo a toque de caixa, e não faltou incentivo dos cinéfilos da cidade. Todos estávamos ávidos para ver filmes. Entrar numa sala do nível que é a "Nelson Pereira dos Santos", para viver o mergulho na sétima arte, foi um coice no coração. Algo que jamais iremos esquecer.
Ao final de tudo, Milton Alencar, dá um "grito" pela liberdade de expressão, condena a censura, que hoje, toma conta das artes brasileira, através de políticas reacionárias e conservadoras, que tentam estancar o fluxo de nossa memória. Os jovens, presentes na sala, reconheceram a gravidade do momento, e comungaram deste grande libelo pela liberdade, trocando energias e focando, com muito amor, na mostra do dia 10 de Outubro que, sem dúvida, ficará para a história do cinema de Cabo Frio.


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