quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto - No Cine Mosquito 62.

Um dos maiores poetas da literatura brasileira, João Cabral de Melo Neto, será mostrado hoje, no Cine Mosquito, que, em caráter especial, integra a ultima programação do POESIA DE CENA, com belos audiovisuais poéticos.

Uma animação de encher os olhos: "Morte e Vida Severina", uma experiência
inesquecível, no Cine Mosquito 62
Morte e Vida Severina, é um Auto de Natal Pernambucano, escrito em 1956, por um dos maiores poetas da literatura Brasileira. João Cabral de Melo Neto, que teve uma trajetória brilhante pela poesia brasileira, até sua morte, em outubro de 1999, próximo a completar 80 anos de idade. Desde que tive meu primeiro contato com a obra deste mestre, dediquei parte de minha paixão por poesia, lendo tudo o que era dele. Inclusive fui ator na montagem desta peça, feita pela Facha - Faculdade Helio Alonso, com Direção de Sady Bianchin, por volta de 2002, se não me falha a memória.
Na década de 80, a Rede Globo lançou um belíssimo especial com a atriz Tânia Alves e o impagável José Dumont, direção de Walter Aavncini. Um trabalho memorável, sem dúvida, um dos mais belos momentos da Televisão Brasileira. Na década de 90, tive o privilégio de ir a três conferências para assistir ao grande poeta João Cabral, eu era, então, um mímico solitário, cansado de viagens e privações quixotescas que vagava anonimamente por cidades brasileiras. A primeira vez que vi o poeta foi por volta de 1993, no fundão, na Ilha do Governador. Depois, assisti uma outra palestra sua no auditório do CCBB e uma terceira, num evento chamado "A Enciclopédia do Século", organizado por Waly Salomão, no mesmo dia em que estiveram presentes na mesma mesa Johan Ashbery, Joan Brosa e João Cabral.
Sempre apaixonado pela obra do mestre, um dia, eis que ganho de presente do poeta e amigo Henrique Selani, um belíssimo livro em quadrinhos desenhado por Miguel Falcão e um filme 3D incrível, dirigido por Afonso Serpa. Sempre quis passar este filme no Cine Mosquito, faltava apenas o momento. O tema, vem a calhar, e João Cabral é, justamente, o poeta que tinha que fechar, com chave de ouro, a proposta do POESIA DE CENA.

JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO

Um dos fortes nomes de sua geração, o poeta
nascido em 1968. Liberta a poesia da garganta
e faz a platéia chorar.

Já o poeta alagoano, José Inácio Vieira de Melo, conheci em 2012, na cidade de Macapá, no Amapá por ocasião da FLAP - Feira do Livro do Amapá. Fiquei encantado com sua palavra poética. Tivemos uma feliz coincidência de agendamento e pudemos, durante as idas e vindas para falar de literatura aos estudantes da cidade de Macapá, conversar sobre nossa produção poética. Foi incrível poder ver um poeta com uma palavra e voz sonora, declamar para uma juventude sedenta e apaixonada por poesia. Palavras fortes e belas que até hoje ecoam como energia criativa, em mim.
Escolhemos para passar 4 pequenos filmes onde o poeta declama versos com uma autenticidade e originalidade incrível. Audiovisuais que a muito venho acompanhando pelas redes sociais e que, agora, vão estar presentes no CINE MOSQUITO 62.

THIAGO DE MELO NO TEATRO POESIA DO GRUPO 
"Operários do Teatro Brasileiro"

Um dos mais produtivos grupos de teatro da nova geração do teatro
Cabofriense, os "Operários do Teatro Brasileiro" farão a performance
"O Estatuto do Homem" inspirado no poema homônimo de Thiago de Melo.

Um dos maiores mestres da poesia brasileira, o poeta Thiago de Mello, nascido no amazonas, em 1926, hoje está com 90 anos de idade e goza de saúde. Ainda declama seus poemas embora já não viaje mais para lugares muito distantes. Seu clássico "Estatutos do Homem" estará em cena com o grupo OTB - Operários do Teatro Brasileiro, que fará a terceira apresentação da cena que foi uma provocação feita por mim, ao grupo. Provocação aceita, Yasmim Quintanilha, Lucas Cedro e Igor Quintanilha, encararam o desafio em transformar um dos mais importantes poemas da literatura brasileira, numa cena teatral breve e inesquecível.

HENRIQUE SELANI SILVA

Nataha Carvalho e Alex Pinheiro - Dão vida ao poema "Chamamento da Musa",
de Henrique Selani Silva.
O professor do IFF de Cabo Frio, Henrique Selani, tornou-se um cultuado poeta da região. Com uma palavra forte e sonora, Henrique passou a escrever seus poemas apenas como exercícios de arte-terapia, mas foi além e acabou descobrindo uma linguagem que tem grande força no palco. 
Os atores iniciantes do IFFCENA - Teatro de Escola, Natasha Carvalho e Alex Pinheiro, criaram uma cena poética com o poema "Chamamento da Musa", o resultado é uma bonita e estética abordagem, no palco, de um trabalho que enche de paixão e tesão, os amantes da poesia.

Jiddu Saldanha - Blogueiro

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